SBT exalta o sucesso de Bozo no documentário “Sempre Rir: A História do Palhaço Mais Famoso do Mundo”
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Divulgação SBT |
O SBT apresenta nesta sexta-feira (25), às 23h20, “Sempre Rir: A História do Palhaço Mais Famoso do Mundo”. O documentário, que também estará disponível no catálogo do +SBT no mesmo dia (logo após a exibição na TV aberta), revisita a trajetória marcante de Bozo, o palhaço que transformou as manhãs da televisão brasileira nos anos 1980 e 1990.
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Com direção geral de Jefferson Cândido, a produção mergulha nos bastidores de um dos maiores fenômenos infantis da história da TV, reunindo depoimentos inéditos, registros históricos e revelações surpreendentes.
“O documentário foi pensado para comemorar os 45 anos da estreia do Programa do Bozo no Brasil, celebrando momentos icônicos com artistas e profissionais que participaram da atração, além de analisar seu impacto cultural e histórico na televisão brasileira.", destaca Jefferson, responsável também pela direção geral do sucesso “Silvio Santos: Vale Mais do que Dinheiro”.
Nomes como Sônia Abrão, Luis Ricardo, Arlindo Barreto, Silvia Abravanel, Walter Scaramuzzi, entre outros ex-integrantes do programa, reconstroem com riqueza de detalhes o impacto cultural e comercial do Bozo no Brasil, desde sua origem nos Estados Unidos em 1946 até a sua explosão de popularidade nacional a partir de 1980, no SBT.
O empresário Silvio Santos adquiriu os direitos do personagem em 1979 e lançou o programa no SBT – então TVS - em 1980. “Durante muitos anos, o Bozo era a alegria da garotada. Aí então, fui até os Estados Unidos, conversei com o Bozo e pedi que ele mandasse seu representante ao Brasil”, conta Silvio em um trecho do documentário. A partir daí, Bozo se transformou em uma potência da televisão, conquistando crianças e famílias em todo o país.
O documentário mergulha em bastidores muitas vezes desconhecidos do público. O SBT precisou montar uma estrutura inédita para lidar com o volume de chamadas e a comoção em torno do programa. Walter Scaramuzzi, ex-diretor do programa, lembra: “A gente parou São Paulo. São Paulo não conseguia falar no telefone. Tive que gravar uma mensagem na Telesp dizendo ‘ligue daqui a pouco’”.
Bozo não era apenas um personagem, mas uma verdadeira indústria. “Bozo não foi só um fenômeno de audiência, mas um fenômeno comercial também”, afirma o ex-executivo do SBT José Salathiel Lage. “A Estrela lançou os brinquedos do Bozo e esgotou em poucos dias.”
Interpretado por diferentes atores ao longo dos anos, o personagem Bozo teve momentos de glória e tensão entre os bastidores. “Nunca vi um elenco tão unido. As únicas pessoas que não se davam bem mesmo eram os Bozos”, confessa Luis Ricardo, um dos intérpretes mais lembrados do personagem. Ele revela ainda momentos difíceis após deixar de representar o palhaço: “Entrei em uma depressão muito grande... Me tranquei em casa e chorei por uma semana. Até hoje quero acreditar que foi uma estratégia para tirar o Luis do personagem”.
Já o ator e pastor Arlindo Barreto revela outro lado: “Quando vestia a roupa do Bozo, eu não estava drogado, não estava alcoolizado. Eu era pleno, porque não era o Arlindo que estava ali, era o Bozo”. Ele também emociona ao contar sua transformação espiritual após um grave acidente: “A época do Bozo morreu comigo naquele hospital. Pedi demissão e falei ‘vou viver lá no céu, vou morar com Jesus’”.
O ex-Bozo Marcos Fiel destaca: “Eu sempre me coloquei como um ator interpretando o personagem. Diferente deles que se achavam 'o' Bozo”.
O documentário recupera momentos marcantes, como a histórica (e escondida) briga entre dois Bozos nos bastidores. “Dois Bozos brigando, um dando soco no outro... Nunca aconteceu isso no mundo!”, relembra Sônia Abrão. A cena, segundo os envolvidos, nunca chegou ao público na época, respeitando a imagem do palhaço.
Edilson Oliveira, que também foi produtor e Bozo, completa: “Infelizmente, uma cena muito triste. Mas todo mundo era jovem, tudo à flor da pele”.
A apresentadora Silvia Abravanel reforça o impacto do personagem: “Você trazer o circo para dentro da televisão era uma atração diferenciada. Ver as carinhas das crianças e dos avós vendo o Bozo ao vivo era emocionante”.
Flor Fernandes, a eterna Bozolinda, afirma: “Ele (Silvio Santos) falou ‘preciso de você, Flor’... Eu nem era atriz, nunca tinha atuado”.
E mesmo com o fim do programa, o legado permanece. “Quando começou a tocar o Bozo, ia todo mundo correndo pra frente da TV. Era um hino”, lembra o atual Bozo, Claudio Siqueira.
Jeam Santos, que reviveu o personagem em 2012, completa: “As crianças da época já não conheciam o Bozo. Mas os pais conheciam. E queriam falar com ele”.
Para os ex-assistentes de palco, o Bozo foi mais que um personagem. Foi parte da infância, da formação e do afeto. “Estar lá no Bozo era muito mágico”, diz Alessandra Cantelli. “Acho que não existe ninguém que foi criança nos anos 80 que não lembre do Bozo”, declara a dubladora Úrsula Bezerra.
A filha do criador da Vovó Mafalda, Beth Guzzo, resume: “O universo do Bozo representa, para mim, amor, família e uma época da minha vida que sei que nunca mais vai voltar”.
Em um momento de emoção e nostalgia, atores que interpretaram o Bozo são convidados a voltar no tempo e revisitar o estúdio original do programa, na Vila Guilherme, após 35 anos do sucesso. Eles então demonstram todo amor pelo personagem, reencontram os figurinos e objetos de cena que marcaram a atração e mostram que Bozo foi um símbolo de alegria que atravessou gerações.
“Sempre Rir: A História do Palhaço Mais Famoso do Mundo” vai ao ar nesta sexta-feira, 25, a partir das 23h20, no SBT . Em seguida, disponível também no catálogo do +SBT.
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